Nenhuma pressa
Ano que começa
* Havia dois boxes que eram vizinhos e tinham características bem peculiares que se aproximam do estereótipo masculino e feminino. No Box dos homenzinhos, bebidas das mais diversas naturezas no balcão, garçons totalmente descaracterizados, que exigiam certa atenção para se perceber quem era e para piorar, os atendentes se revezavam, provavelmente estavam fazendo bicos por ali. A cerveja, porém, multo gelada durante o dia todo, coisa de quem se preocupa com isso. O Cardápio?
- Tem bode e sarapatel.
* O bar das mulherezinhas era bem organizado, havia mesas forradas com um número indicando o lugar. O cardápio de plástico tinha mais de 10 opções que eu pude ver a distância, a maioria delas poderia ser vista em cartazes pregados ao redor do Box. Dentro, as cozinheiras todas com toucas e um aspecto interno limpo. As atendentes eram mulheres em sua maioria e todas de fácil identificação.
* O lugar estava lotadíssimo. Para que coubessem as mesas todas, foi necessário ficar todo mundo junto e apertadinho. Isso fez com que a interação entre as mesas vizinhas seja relativamente forte e por vezes engraçada.
* Numa destas, uma moça que estava por trás de mim, ao receber novas pessoas a sua mesa e acomodar todo mundo, toca no meu ombro, eu me viro e ela:
- Dá pra você sair daí?
Surpreso, perguntei como quem não entende, pela ousadia, e ela repete.
- Dá pra você sair daí?
Eu ainda mexo minha cadeira um pouco pra frente. Eu não ia deixar de sair do lugar da mesa onde eu estava com meus amigos por um pedido ousado destes. Ainda puxei um pouco a cadeira pra facilitar. Ela então percebe o movimento e se apressa para falar:
- Não! Não é para você sair daí, eu quis saber se dava para você sair daí, caso queira ir ao banheiro.
Tudo esclarecido depois do complemento, mas eu virei a piada do dia.
* No Box dos homenzinhos onde eu estava iniciou uma movimentação de uma "banda". Está assim entre aspas porque tinha um cantor, um guitarrista e só. Eles trouxeram um atabaque que era revezado entre os garçons e o dono do bar (não que eles soubessem tocar, mas enfim). Um deles, por sinal, tocava com um garfo na mão na lateral, estilo de quem toca pagode.
Bem, Como o post ficou grande, vou falar da banda e de outras coisas na segunda parte.
Apesar das eleições só acontecerem daqui a alguns meses e as discussões políticas estarem ofuscadas pela copa do mundo que já está em cima, já começo a receber de maneira ainda tímida argumentos pró e contra os candidatos dos principais partidos que disputam a eleição. Vou antecipar algumas percepções minhas
Não sou de direita, nem de esquerda e acho esta divisão (e a maioria das que surgem) boba. Creio que o partidarista médio acaba cego pela vontade de que o seu querido vença, usando despretensiosamente (ou não) diversos sofismas a fim de confirmar sua posição. Também não componho o grupo de analfabetos políticos de Brecth [http://www.youtube.com/watch?v=2RwJemF_9tY]. Numa escala de menor rigidez, eu concordo com o que o grande “Bertoldo Brecha” falou.
O formato de eleições proporcionais no Brasil é bastante questionável. Só funcionaria se os partidos tivessem uma identidade fundamentada, o que não é o caso. Aliás, que partido mais sem identidade do que o maior de todos, PMDB? Mas sendo do jeito que é, acho importante a pluralidade de informações comparado ao bipartidarismo norte-americano
Já precisei estudar técnicas de votação. Sendo pragmático, no primeiro turno, não existe o não votar. Votos brancos e nulos beneficiam quem estar na frente. Portanto, o voto branco deve ter um significado de indiferença na escolha. Por outro lado, votar no candidato significa apenas que você o julga o melhor (ou menos pior) sob determinada circunstância. Do ponto de vista técnico, vale a pena votar caso você veja um diferencial positivo por menor que seja.
Por hora é isso