quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Comemorações

Os militantes vermelhinhos se reuniram pra comemorar a vitória. Comemoram com o mesmo entusiasmo inicial nas duzentas vezes que se anunciou "Dilma ganhoooooooooou". É como um torcedor de futebol comemorasse o replay de um gol. A catarse fazia com que qualquer estímulo seja razão de gritar, de chorar, de soltar todos os palavrões que conhece, de amar, de morder e etc.

Estive num fim de noite que agregou militantes vermelhinhos. Especificamente onde eu fui, havia casais. Todos bastantes amorosos, mas eu queria destacar um, maior exemplo do raciocínio: Energia + álcool + provocações -> Energia sexual latente.

Se olhavam sem nenhum sinal de amor evidente. Se houvesse, estava encoberto pelo clima de tesão recíproco. Os beijos linguarudos, os amassos, diantes de todos do lugar, sem evidências de constrangimento.
De repente, a mão da moça escorrega até o short do moço, numa indução provocadora. Sai rapidamente, mas o suficiente para tirar o moço do sério. Ele então põe a mão na altura do joelho dela e desliza rapidamente em direção ao short.

Nesse momento eu queria invocar Nelson Rodrigues (de novo?) que disse algo do tipo "na minha juventude, eu não sabia dar nem bom dia a uma mulher". O cara saiu de uma provocada ousada, mas até certo ponto sutil (só alguns conseguiriam enxergar a bolinada) para uma mais evidente e agressiva. Ele foi pra meter a mão na genitália da menina mesmo. Ela fechou as pernas, pôs a mão pra "proteger" e se contraiu toda. Porém, a risada do seu rosto denotava que ela não estava achando isso a maior das ofensas.
O moço, tomado pela irracionalidade típica de um provocado e com a mão nada boba, insistiu. A menina resistiu, mas deslizou até a borda da cadeira.
Ele insistiu, ela resistiu
Ele insistiu, ela resistiu
Ele insistiu, ela caiu da cadeira, esparramada no chão
Mas não caiu como numa escorregada sutil. Caiu com uma jaca mole desaba sob um chão duro. Um ploft que ressoou por todo o lugar. A cadeira de madeira que ela sentara caiu junto, não menos escandalosa. O moço quase chegou a ir junto, mas se equilibrou com as pernas e evitou o tombo.
Vendo o ridículo da situação que ele provocara e querendo acalmar o lugar, ele soltou:
- Eu acho que esta cadeira é quebrada.
Enquanto a moça, olhando pra plateia que acompanhava o show, assumiu:
- Não, não foi a cadeira
E completou, com um olhar e sorriso faceiros e uma sinceridade etílica:
- O problema foi ooooutro.
Os carinhos esfriaram, mas nem tanto. Cerca de 10 minutos depois eles saíram juntos no carro.

3 comentários:

Marina disse...

O tipo de história que eles não vão contar aos netos, se é que um dia vão chegar a ter algum.

Ivna Alba disse...

Aha,ha,ha,aha,ha,ha,ha,ha,ah,aha,ha,ah,ah,aha,ha,haah,ah,aha,ha,ha,ah,aha,ha,ha,ah,aha,ha,ha,ah,aha,ha,ha,ah,aha,ha,ha,ah,aha,ha,ha, demaiiiiissss, bolei de rir aqui, gripada no meio de um frio misturado à garoa lá fora...
Bom dximais!!!!
Eeeeiiii, comprou uma escaleta?!?! Diga que ela é um smurfétxi também... ah,aha,ha,ha,ha,ha,ah,aha,ha,ah,ah,aha,ha,ah,aha,ha,ah,aha
Beijão, meu querido!!!

Eu? disse...

heheheheh... muito bom esse texto!!! Excelentes observações... =)