segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Viajar sozinho

Alguém já se jogou assim? Eu confesso que não completamente só, mas já estive em lugares que só tinha o teto e o resto do lugar eu tinha que desbravar sozinho. Além disso, eu passei por uma experiência na minha última viagem que me deixou nesta situação, de não ter ninguém na cidade onde estou.

É uma experiência incrível de autoconhecimento. Você decide se quer ir pro norte ou pro sul, se é melhor pegar o ônibus e voltar ou ver o sol se esconder na praia. Se e melhor dar um mergulho ou um cochilo. Tudo isso, sem precisar da concordância de outra pessoa, a decisão não é 50%, é 100. Não tem espaços para indecisos.

Uma outra características de viagens solitárias é a facilidade e necessidade de interação. Por um lado, você se sente mais solto e impelido para ir até alguém e falar algo. Por outro, é bem mais fácil alguém chegar pra falar com você, estando sozinho do que em grupo. Conversando com pessoas de fora, há a possibilidade de sugar novas experiências, interpretações, ways of life, enfim, sentir o que é o cidadão fulandense. Isso pra mim é um desafio, já que eu sou envergonhado pra abordar.

Ainda haveria outras coisas pra citar, mas fica para uma outra postagem. Acho que por estes dias eu devo postar um dia que estive largado numa cidade desconhecida em uma viagem, o final foi meio surpreendente.

5 comentários:

Rite disse...

Vim te responder o comentário aqui, porque achei meio autista responder nos meus próprios comentários - além da grande chance de você não ver lá.

Essa coisa de "quanto da poesia não está no nome do poeta?" me foi perguntada exatamente dessa forma por uma pessoa há umas duas semanas.
E responderia: muito.
Bandeira mesmo tem poemas que acho chatos. Embora eu reconheça que tenha princípios formais louváveis, toda uma "engenharia" poética, mas que não me causa isso que eu falei de golpe estético.

Assim mesmo há outros autores, mas creio que se eles ganharam um "nome" devem ter feito muita coisa realmente boa, que dá a eles esse merecimento.

Pra mim, o que importa é o sentimento: nem a palavra, nem o autor, nem o poema. Mas eu gosto mesmo é quando os três se juntam pra me fazer sentir.

Não tenho a menor dúvida de que você vai gostar do Cadáver. É originalmente encantador.


E sobre andar só: na vida ou em viagens, faz a gente aprender muito mais.

Marina disse...

Nunca fui de me sentir bem sozinha. Mesmo que seja para ir com pessoas desconhecidas, ter companhia me deixa mais forte. Viajar sozinha, só se for para encontrar pessoas conhecidas lá.

Ana B. disse...

eu boto fé que deve ser bom
mas por outro lado, não confio na minha capacidade de me mover sozinha, normalmente eu prefiro dormir, e é bom ter outra pessoa pra me lembrar q eu posso dormir na minha cidade mesmo

Anônimo disse...

rá!
sou suspeita nisso. adoro a coisa do "viajar" sozinho.

deve ser mesmo delicioso, você poder se inventar em um lugar longe do seu.
se recriar.
ou talvez se reafirmar.

foda.

um abracinho zé!
=*

Ivna Alba disse...

Esse tipo de sensação, para mim, é indescritível! Para uma amante da liberdade, é o estilo de vida que eu quero ter, para sempre.
E o fato de viajar sozinho, e ser abordado mais facilmente pelas pessoas é verdade pura!
Sempre que estou nos aeroportos, conheço no mínimo umas 4 pessoas por vez...
Incrível o fascínio do ser humano por contato, mesmo que verbal.