sábado, 4 de setembro de 2010

Uma tarde no mercado - Parte um

Passei à tarde num mercado público municipal, vim aqui relatar uns tópicos da experiência:

* O mercado fica numa região comercial, no centro antigo da cidade. Não é o mais tradicional, nem o mais bonito, mas creio que seja dos mais movimentados. Tem um caráter essencialmente popular, mas também atrai outras pessoas que se atraem pelo clima, além do pessoal que vai pra posar. (Pois é. Ir a mercados públicos populares também é cult!). Apesar de o tempo estar bastante nublado, o mercado estava cheio.

* Havia dois boxes que eram vizinhos e tinham características bem peculiares que se aproximam do estereótipo masculino e feminino. No Box dos homenzinhos, bebidas das mais diversas naturezas no balcão, garçons totalmente descaracterizados, que exigiam certa atenção para se perceber quem era e para piorar, os atendentes se revezavam, provavelmente estavam fazendo bicos por ali. A cerveja, porém, multo gelada durante o dia todo, coisa de quem se preocupa com isso. O Cardápio?

- Tem bode e sarapatel.

* O bar das mulherezinhas era bem organizado, havia mesas forradas com um número indicando o lugar. O cardápio de plástico tinha mais de 10 opções que eu pude ver a distância, a maioria delas poderia ser vista em cartazes pregados ao redor do Box. Dentro, as cozinheiras todas com toucas e um aspecto interno limpo. As atendentes eram mulheres em sua maioria e todas de fácil identificação.

* O lugar estava lotadíssimo. Para que coubessem as mesas todas, foi necessário ficar todo mundo junto e apertadinho. Isso fez com que a interação entre as mesas vizinhas seja relativamente forte e por vezes engraçada.

* Numa destas, uma moça que estava por trás de mim, ao receber novas pessoas a sua mesa e acomodar todo mundo, toca no meu ombro, eu me viro e ela:

- Dá pra você sair daí?

Surpreso, perguntei como quem não entende, pela ousadia, e ela repete.

- Dá pra você sair daí?
Eu ainda mexo minha cadeira um pouco pra frente. Eu não ia deixar de sair do lugar da mesa onde eu estava com meus amigos por um pedido ousado destes. Ainda puxei um pouco a cadeira pra facilitar. Ela então percebe o movimento e se apressa para falar:

- Não! Não é para você sair daí, eu quis saber se dava para você sair daí, caso queira ir ao banheiro.

Tudo esclarecido depois do complemento, mas eu virei a piada do dia.

* No Box dos homenzinhos onde eu estava iniciou uma movimentação de uma "banda". Está assim entre aspas porque tinha um cantor, um guitarrista e só. Eles trouxeram um atabaque que era revezado entre os garçons e o dono do bar (não que eles soubessem tocar, mas enfim). Um deles, por sinal, tocava com um garfo na mão na lateral, estilo de quem toca pagode.

Bem, Como o post ficou grande, vou falar da banda e de outras coisas na segunda parte.

2 comentários:

Marina disse...

Só eu que percebi que o post está todo em preto?

disse...

Eu que não tinha reparado, agora ajeitei :P