Então seguem algumas observações e críticas à peça:
* Por sorte, a peça foi no teatro Santa Isabel (já falei dele aqui). Por azar, era a solenidade de abertura, que como é de praxe, atrasou e entrou pelo horário da peça.
* O homenageado, Joacir Castro, fez um discurso que tinha sua coerência, mas não consonante com um festival de teatro. Basta citar as referências gloriosas a grande revista Caros Amigos, ou as grandes matérias do Le monde. Acho que a partir daí dá pra ter uma idéia do vermelhismo da coisa.
* Curiosamente, a senhora que foi chamada em seguir foi a representante da Caixa, patrocinadora do evento. Pelo visto, foi chamada de supetão, mas até que se saiu bem falando pouco. A pobre deveria estar lá batendo o ponto, mas deve ter achado a peça relaxante, pois dormiu do começo ao fim.
* Em cima da hora eu descobri que era uma leitura dramática, que é exatamente o que o nome sugere. Um ator que vai ler um texto, dramatizando-o. Eu já não sou muito afeito a monólogos, estar em um que seria lido, que limitaria a capacidade do ator (afinal os olhos e parte dos movimentos ficam comprometidos ao segurar e ler papéis).
* Ainda tem outra razão para eu não gostar das tais leituras dramáticas. A interpretação de diálogos pode ficar bastante prejudicada, em se tratando da linguagem teatral. O texto também precisa ser cativante "além dos padrões", além da mensagem precisar chegar clara ao espectador, o que para um teatro grande pode não ser uma regra. Se as premissas anteriores não forem cumpridas, a chance do público viajar na maionese ao invés de viajar no texto é grande.
* Enfim, mas já que a banda ia tocar deste jeito, o jeito era entrar no espírito da coisa.
Sobre a peça em si, na próxima postagem
Um comentário:
a peça deve ser legal.
eu visualizei o cenário. suas descrições fazem uma ótima referência.
mas parei na parte do "vou recitar um verso..." e não recitar.
adoro essa gente.
um beijo querido Zé.
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