sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Alívio

Diálogo do filme Guerra das Rosas:

Contexto:
Marido tem uma suspeita de infarto e a esposa não vai nem buscá-lo no hospital. Ela argumenta que recebeu uma ligação dizendo que ele estava bem e preferiu esperar em casa.
A noite ele pega no sono e ela permanece insone, ela o acorda e começa o diálogo:

- O que foi?
- Eu não tou bem
- Desligue a TV
- Agora eu sei porque eu não fui ao hospital. Eu ia para o hospital, mas sabia que você estava bem. Nunca penso que algo terrível possa acontecer a mim, as crianças ou a você.


Ele continua sem dar bola e ela prossegue:

- Mas desta vez estava saindo de casa com a sensação forte que você estava morto. E eu sabia como seria estar sozinha aqui nesta casa e não ter você na minha vida. Fiquei tão assustada que tive que parar.
- Você não tem mais que ficar com medo mais, eu estou aqui.
- Me assustei porque eu estava feliz.
- Feliz por eu estar morto?
- Feliz por estar livre, como estivesse me livrando de um peso.


O marido corre insone pra fora do quarto enquanto a esposa, leve, se deita para dormir. A partir de então, o filme começa.

* Este trecho me fez lembrar do blog "dela e de suas sete vidas"

Um comentário:

Rite disse...

Freud também falava sobre isso.

Às vezes eu entendo o porquê de "Freud explica" ter virado um bordão.