segunda-feira, 26 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Alívio
Diálogo do filme Guerra das Rosas:
Contexto:
Marido tem uma suspeita de infarto e a esposa não vai nem buscá-lo no hospital. Ela argumenta que recebeu uma ligação dizendo que ele estava bem e preferiu esperar em casa.
A noite ele pega no sono e ela permanece insone, ela o acorda e começa o diálogo:
- O que foi?
- Eu não tou bem
- Desligue a TV
- Agora eu sei porque eu não fui ao hospital. Eu ia para o hospital, mas sabia que você estava bem. Nunca penso que algo terrível possa acontecer a mim, as crianças ou a você.
Ele continua sem dar bola e ela prossegue:
- Mas desta vez estava saindo de casa com a sensação forte que você estava morto. E eu sabia como seria estar sozinha aqui nesta casa e não ter você na minha vida. Fiquei tão assustada que tive que parar.
- Você não tem mais que ficar com medo mais, eu estou aqui.
- Me assustei porque eu estava feliz.
- Feliz por eu estar morto?
- Feliz por estar livre, como estivesse me livrando de um peso.
O marido corre insone pra fora do quarto enquanto a esposa, leve, se deita para dormir. A partir de então, o filme começa.
* Este trecho me fez lembrar do blog "dela e de suas sete vidas"
Contexto:
Marido tem uma suspeita de infarto e a esposa não vai nem buscá-lo no hospital. Ela argumenta que recebeu uma ligação dizendo que ele estava bem e preferiu esperar em casa.
A noite ele pega no sono e ela permanece insone, ela o acorda e começa o diálogo:
- O que foi?
- Eu não tou bem
- Desligue a TV
- Agora eu sei porque eu não fui ao hospital. Eu ia para o hospital, mas sabia que você estava bem. Nunca penso que algo terrível possa acontecer a mim, as crianças ou a você.
Ele continua sem dar bola e ela prossegue:
- Mas desta vez estava saindo de casa com a sensação forte que você estava morto. E eu sabia como seria estar sozinha aqui nesta casa e não ter você na minha vida. Fiquei tão assustada que tive que parar.
- Você não tem mais que ficar com medo mais, eu estou aqui.
- Me assustei porque eu estava feliz.
- Feliz por eu estar morto?
- Feliz por estar livre, como estivesse me livrando de um peso.
O marido corre insone pra fora do quarto enquanto a esposa, leve, se deita para dormir. A partir de então, o filme começa.
* Este trecho me fez lembrar do blog "dela e de suas sete vidas"
domingo, 18 de outubro de 2009
Eventualidades
Por estes dias, lá estava eu fazendo uma daquelas coisas que me fazem feliz por "alguns vários" motivos. Guiar visitas pela cidade do Recife. (Dá pra ter uma idéia daquela postagem do circuito dos poetas, eu acho)
Eu sou um apaixonado por história (também?) e já li bastante sobre a história daqui, então, quando o visitante gosta, me dano a contar um monte de coisa que deveria estar escrito e de fácil acesso para os turistas.
Desta vez tinha gente formada em história no meio, então foram quase 3 horas contando das coisas por aí, e ainda tinha vaga pra mais :D
Desta vez tive um plus pessoal, consegui entrar no Teatro Santa Isabel de dia e podendo fotografar. Pra quem não é da Confederação do Equador, o Teatro é daqueles em estilo neoclássico, com cara de antigo e respirando história por todos os lados, podendo ir até os camarotes inclusive.
Vou contar uma historinha rápida antes de vocês lerem a foto abaixo. Uma vez fui ver uma peça baseada em uma obra de de Raimundo Carrero, um dos principais romancistas pernambucanos vivos aí no Santa Isabel.
Começou a peça e um senhor no camarote por trás de mim não parava de rir e comentar, era até um pouco inconveniente. Em dado momento eu olhei pra trás pra perceber o bom senso do cidadão e quem tava lá no camarote era o próprio.
Tive a convicção que a peça tava bem encenada, o cidadão que escreve a história rir da própria piada?
Bem, espiem aí os detalhes
Eu sou um apaixonado por história (também?) e já li bastante sobre a história daqui, então, quando o visitante gosta, me dano a contar um monte de coisa que deveria estar escrito e de fácil acesso para os turistas.
Desta vez tinha gente formada em história no meio, então foram quase 3 horas contando das coisas por aí, e ainda tinha vaga pra mais :D
Desta vez tive um plus pessoal, consegui entrar no Teatro Santa Isabel de dia e podendo fotografar. Pra quem não é da Confederação do Equador, o Teatro é daqueles em estilo neoclássico, com cara de antigo e respirando história por todos os lados, podendo ir até os camarotes inclusive.
Vou contar uma historinha rápida antes de vocês lerem a foto abaixo. Uma vez fui ver uma peça baseada em uma obra de de Raimundo Carrero, um dos principais romancistas pernambucanos vivos aí no Santa Isabel.
Começou a peça e um senhor no camarote por trás de mim não parava de rir e comentar, era até um pouco inconveniente. Em dado momento eu olhei pra trás pra perceber o bom senso do cidadão e quem tava lá no camarote era o próprio.
Tive a convicção que a peça tava bem encenada, o cidadão que escreve a história rir da própria piada?
Bem, espiem aí os detalhes
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Coisas simples
Virou bordão aquela história de "aproveitar as coisas simple da vida".
Imagina acordar, observar a luz do sol entrando no seu quarto e desfrutar daquele momento, as colorações que vão variando dos itens.
Parece conversinha de livro de auto ajuda ditas desta forma, não é?
Aí vem Mário Quintana, o poeta das coisas simples, e consegue retratar desta maneria, no livro "A rua dos cataventos"
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das veneziana:
Verde!…E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons…acerta…desacerta…
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas cotidianas…
Jogos de luzes dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço…
Pra que pensar? Também sou paisagem…
Vago, solúvel no ar, fico sonhando…
E me transmito…irriso-me…estremeço…
Nos leves dedos que me vão pintando!
Provavelmente ele deve voltar por cá algumas vezes. Eu comprei um livro de poesias deste cidadão que é um dos meus poetas favoritos.
Imagina acordar, observar a luz do sol entrando no seu quarto e desfrutar daquele momento, as colorações que vão variando dos itens.
Parece conversinha de livro de auto ajuda ditas desta forma, não é?
Aí vem Mário Quintana, o poeta das coisas simples, e consegue retratar desta maneria, no livro "A rua dos cataventos"
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das veneziana:
Verde!…E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!
Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons…acerta…desacerta…
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas cotidianas…
Jogos de luzes dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço…
Pra que pensar? Também sou paisagem…
Vago, solúvel no ar, fico sonhando…
E me transmito…irriso-me…estremeço…
Nos leves dedos que me vão pintando!
Provavelmente ele deve voltar por cá algumas vezes. Eu comprei um livro de poesias deste cidadão que é um dos meus poetas favoritos.
sábado, 10 de outubro de 2009
Mentiu?
Jamais diga uma mentira que não possa provar.
Millor Fernandes
Algo como "faça ser verdade" :Ddomingo, 4 de outubro de 2009
Nova ordem
sábado, 3 de outubro de 2009
Millorando
Uma Frase:
Quem se curva aos opressores mostra a bunda aos oprimidos
Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril
Millor Fernandes
Quem se curva aos opressores mostra a bunda aos oprimidos
Viva o Brasil
Onde o ano inteiro
É primeiro de abril
Millor Fernandes
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Fronterando aplieiras
Esta postagem é uma continuação da Ampliando fronteiras
Bem, vou citar o teorema mais bonito da matemática do século XX, e que me deu a pá de cal numa pretensão dígna de super-homem.
Era começo do século XX e uma gama de matemáticos, capitaneados por Bertrand Russell, tentava tapar todos os buracos da matemática. A idéia era começar do conjunto mais fundamental e construir "tudo de tudo" na matemática. Era algo tão abstrato que só na metade do segundo volume do livro dele (cada volume com mais de 1000 páginas) ele prova que 1+1 =2 [este realmente não tinha o que fazer]. Porém, sempre tinha um ou outro entrave que barrava os estudos.
Aí que veio o showman, Kurt Gödel, e na sua tese de doutorado soltou dois teoremas que dizem basicamente (e grosseiramente) o seguinte
"Para conjuntos axiomáticos amplos, ou o conjunto é inconsistente e/ou incompleto"
Para se ter uma dimensão do tamanho do coice, a lógica é um sistema que se enquadra nos termos. Ou seja, a própria lógica é inconsistente. Mas o que é esta inconsistência? Há afirmações que não se é capaz de provar a veracidade, nem a falsidade e nem mesmo saber se é possível provar ou não.
Agora imagine uma conjectura que ninguém sabe responder, se o cidadão se meter a pesquisar, existe a possibilidade de ser impossível dizer que sim ou que não. Depois deste teorema, Russell (o do começo da história) colocou as mãos na cabeça e pensou, "me fudi".
Moral da história:
É possível que haja questões que você pense, pese, procrastine, pense mais um pouco e não vai sair do lugar. Aquela pessoa te deu um pé na bunda sem mais nem menos e você já juntou tudo e não conseguiu entender por que diabos? Desista, Falta informações, conceitos, seu sistema é incompleto (ai que nerd). Agora se você está absolutamente em dúvida entre dar o pé na bunda ou não, se os motivos do chutão na retaguarda se equiparam ao desejo de carinhar a mesma. Desista de uma decisão perfeita. Além de incompleto, você é inconsistente (de novo) e casos como este, que se encontram na linha de fronteira por exemplo, podem ser impossíveis de ser resolvidos totalmente.
E ainda tem quem bata no peito pra dizer que sempre é coerente.
Bem, vou citar o teorema mais bonito da matemática do século XX, e que me deu a pá de cal numa pretensão dígna de super-homem.
Era começo do século XX e uma gama de matemáticos, capitaneados por Bertrand Russell, tentava tapar todos os buracos da matemática. A idéia era começar do conjunto mais fundamental e construir "tudo de tudo" na matemática. Era algo tão abstrato que só na metade do segundo volume do livro dele (cada volume com mais de 1000 páginas) ele prova que 1+1 =2 [este realmente não tinha o que fazer]. Porém, sempre tinha um ou outro entrave que barrava os estudos.
Aí que veio o showman, Kurt Gödel, e na sua tese de doutorado soltou dois teoremas que dizem basicamente (e grosseiramente) o seguinte
"Para conjuntos axiomáticos amplos, ou o conjunto é inconsistente e/ou incompleto"
Para se ter uma dimensão do tamanho do coice, a lógica é um sistema que se enquadra nos termos. Ou seja, a própria lógica é inconsistente. Mas o que é esta inconsistência? Há afirmações que não se é capaz de provar a veracidade, nem a falsidade e nem mesmo saber se é possível provar ou não.
Agora imagine uma conjectura que ninguém sabe responder, se o cidadão se meter a pesquisar, existe a possibilidade de ser impossível dizer que sim ou que não. Depois deste teorema, Russell (o do começo da história) colocou as mãos na cabeça e pensou, "me fudi".
Moral da história:
É possível que haja questões que você pense, pese, procrastine, pense mais um pouco e não vai sair do lugar. Aquela pessoa te deu um pé na bunda sem mais nem menos e você já juntou tudo e não conseguiu entender por que diabos? Desista, Falta informações, conceitos, seu sistema é incompleto (ai que nerd). Agora se você está absolutamente em dúvida entre dar o pé na bunda ou não, se os motivos do chutão na retaguarda se equiparam ao desejo de carinhar a mesma. Desista de uma decisão perfeita. Além de incompleto, você é inconsistente (de novo) e casos como este, que se encontram na linha de fronteira por exemplo, podem ser impossíveis de ser resolvidos totalmente.
E ainda tem quem bata no peito pra dizer que sempre é coerente.
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