sábado, 15 de agosto de 2009

Culpado de tudo

Leminski falou, e eu já postei aqui

De tanto não fazer nada acabo de ser culpado de tudo

Eu não sei bem se para o contexto que eu vou escrever a palavra certa é culpado, mas vejam só como você pode ser premiado como coadjuvante dos papéis cínicos, comuns e aceitos socialmente.

Eu estava vagando pela cidade com um amigo e dei uma parada por trás de um dos meus queridos bares da cidade para dar uma sacada na banda que estava tocando e que eu gosto bastante. É uma área que sempre junta uma galera, fica perto do palco e dá pra ficar numa boa por lá, exceto por um problema que havia afastando o pessoal daquela região, a chuva.

Começou a chover leve e eu fui com meu amigo pra debaixo de uma marquise do outro lado da rua. Havia bastante espaço e eu sentei em um degrau e continuei acompanhando, agora um pouco mais distante do povo.

Eis que chega uma loira em minha direção, fica entre mim e meu amigo e começa o diálogo, super simpática:
- Oi, tem um espaçozinho pra mim aqui?
- Claro, pode ficar aí na boa.
- Eu gosto muito do som daqui.
- É bacana mesmo, eu venho com frequencia por aqui.

Seguiu mais um curto diálogo até que chega um cidadão de vermelho, prestativo:

- Olha, vamo voltar pra perto ali do palco. Parou de chover.
- Parou mesmo?
- Parou sim, olha só [estirando o braço]

Seguiu mais um curto diálogo até que o moço tascou um beijo de cinema na menina e não mais largou.

Antes da análise, acrescente que eles não estavam assim antes dela ir pra marquise.

***
Vamos aos fatos, discutidos, interpretados, analisados e concordados com a minha testemunha.
A mocinha foi pra debaixo da marquise e começou a puxar papo comigo com o intuito de provocar o cidadão que estava com ela, mas não do jeito que ela queria.

O moço não foi benevolente ao chamar ela pa perto do palco porque havia parado de chover, mas foi pra "marcar territíorio" de um marmanjo que provavelmente"não perdia tempo de dar em cima da moça que ele tava". Por isso tascou um beijão na moça

O mais bacana de tudo é que o casalzinho ficou num amor só depois disso.



[foto de uma hora depois do ocorrido]

E eu.
Passei de instrumento de ciúme, ameaça alheia e cupido, sem fazer absolutamente nada.

2 comentários:

Rite disse...

HAhaha!!

O ser humano é uma bosta mesmo. Somos patéticos.

Manoela Lemos disse...

hahahaha


a inércia é a deusa do aleatório!