Ainda no processo de reduzir a abrangência da minha ignorância eu parei pra ler um livro de antologia poética de Fernando Pessoa. Já havia lido anteriormente, mas de maneira quase aleatória.
Deu pra perceber melhor a visão geral dele, a diferença entre os pseudônimos adotados (não havia lido sobre o Ricardo Reis) e a coerência da forma da escrita com a formação de cada um.
Peguei um trecho de um poema que não é das consagradas pra ilustrar a postagem. É de Alberto Caeiro, o simples pastor de ovelhas e dá pra perceber um pouco desta simplicidade na estruturação do pensamento dele
Trecho de Opiário
- Ido ao Oriente e visto a índia e a China.
- A terra é semelhante e pequenina
- E há só uma maneira de viver.
- Por isso eu tomo ópio. É um remédio
- Sou um convalescente do Momento.
- Moro no rés-do-chão do pensamento
- E ver passar a Vida faz-me tédio "
Um comentário:
Uma desculpa pra tomar ópio. Hahahaha!
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