quarta-feira, 4 de maio de 2011

Versos de Quarta - Fernando Pessoa

Ainda no processo de reduzir a abrangência da minha ignorância eu parei pra ler um livro de antologia poética de Fernando Pessoa. Já havia lido anteriormente, mas de maneira quase aleatória.
Deu pra perceber melhor a visão geral dele, a diferença entre os pseudônimos adotados (não havia lido sobre o Ricardo Reis) e a coerência da forma da escrita com a formação de cada um.
Peguei um trecho de um poema que não é das consagradas pra ilustrar a postagem. É de Alberto Caeiro, o simples pastor de ovelhas e dá pra perceber um pouco desta simplicidade na estruturação do pensamento dele

Trecho de Opiário

(...) Eu acho que não vale a pena ter
Ido ao Oriente e visto a índia e a China.
A terra é semelhante e pequenina
E há só uma maneira de viver.
Por isso eu tomo ópio. É um remédio
Sou um convalescente do Momento.
Moro no rés-do-chão do pensamento
E ver passar a Vida faz-me tédio "

Um comentário:

Marina disse...

Uma desculpa pra tomar ópio. Hahahaha!