Hoje é dia de ficar com um poema bem Sutil do poeta pernambucano.
A solidão e sua porta
Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar
(nem o topor do sono que se espalha)
Quando, pelo desuso da navalha
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha
a arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório
lembra-te uqe afinal te resta a vida
com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório
Um comentário:
adoro esse homem.
adoro essas palavras.
um realismo evidente com direito a consolo e tudo.
abracinho broto
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