quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A comédia dos erros - cia stravaganza

Adianto logo que este post não tem o perfil do blog. O objetivo é dar meu depoimento (não espere exageros técnicos ou seriedade) sobre o espetáculo " A comédia dos erros" da companhia gaúcha Stravaganza, no festival Recife de Teatro.

Gostei. Andei vendo o texto da peça que tem por aí na internet e a essência foi razoavelmente mantido. O monólogo inicial é bastante pertinente e condizente com a peça.
Por sinal, que agilidade dos atores! Várias trocas de roupa, personagens, revesavam até na sonoplastia, além de ter bastante interação com o público.

Outro destaque que eu acho interssante é a mescla da linguagem shakespeariana com modernidades. Ao mesmo tempo que anda por cidades antigas, se fala no celular. Possuem diálogos, por vezes, rimados, musicais e em outro momento, uma lingüagem simples e popular.

A peça foi encenada no teatro do Armazém, que há tempos é um teatro problemático. O acesso ao banheiro, a própria arquibancada. Desta vez chegou a interferir diretamente na peça com um problema na iluminação. Mais um destaque para os atores, que tiveram bastante jogo de cintura para lidar com a situação, improvisaram e acabou saindo tudo bem.

Agora umas observações mais ao meu estilo

* Em um momento da peça, duas atrizes foram sair atracadas, tropeçaram a cairam já na área da coxia.

* Uma outra hora uma mocinha oferecia morangos para a platéia. Até que ofereceu a um senhor enquanto ele estava no auge do cochilo.

* O público não sacou bem a idéia da peça começar com um mercado onde os vendedores são os próprios atores. A maioria subiu para a arquibancada desconfortável e nem parou pra ver os peduricalhos.

* Ah, eu acho muito bonzinho os 'r' pronunciado pelo sotaque gaúcho.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Na doença e na saúde

Atenção Saudáveis de todo o mundo
Para o seu bem
Adoeçam


* * *

Ele conta que escreveu as primeiras 40 páginas antes da internação. Então, ficou sete meses sem escrever e chegou a pensar que não concluiria o livro. Ironicamente, é o livro mais bem-humorado do autor (...)
Sobre a experiência, o escritor brinca: "estou muito mais sereno agora. E olha que nem precisei ler um livro do Paulo Coelho para ficar assim. Percebi que uma doença vale mais que toda a obra dele", ri Saramago. (link)

domingo, 23 de novembro de 2008

Passeio por Olinda

Pequenas observações de uma corrida a beira-mar de Olinda:

* Restaurante Oishi (acho que baseado em oxe), onde tem culinária japonesa, chinesa, brasileira e vende pizzas. Rodízio de Sushi e carne.
... Deu vontade de ir lá, pedir um crepe.

* Hotel Samburá, tem um letreiro onde dizia "temos pizza de todos os sabores".
... Propaganda ousada, não?

* Sabe Cicarelli e seu conhecido vídeo? Pude acompanhar showzinhos ao vivo.
... só não pense que achei legal

* Alguns trechos da praia de Olinda me fazem pensar que sou bonito.
... e só

* Há uma ciclovia, há placas de proibido trânsito de bicicleta na calçada, mas nem os motoristas respeitam a ciclovia e nem os ciclistas o aviso de que não pode trafegar.
... Brasil
.
* Vi uma cena singela. Um menino viu um pombo dar um vôo rasante, um garotinho abriu os braços e saiu atrás correndo atrás de outros pombos.
... Três passos depois o moleque tropeço e se estribuchou no chão.

* Vi de passagem um quarteto gay jogando volei de praia. Com direito a gritinhos e tudo
... nunca o trocadilho em português pra beach volley fez tanto sentido pra mim.

* Tem um rodízio de pizzas em Olinda que na terça-feira custa R$ 5,50
... Vai encarar?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Princípio da não-doutrinação

Os anarquistas acreditam no desenvolvimento heterodoxo do pensamento e do ideário libertário como um todo, não idolatrando nem privilegiando qualquer escritor ou teórico desta vertente de estudos. George Woodcock descreve com aptidão esse posicionamento libertário:

“Toda a posição do anarquismo é completamente diferente de qualquer outro movimento socialista autoritário. Ela tolera variações e rejeita a idéia de gurus políticos ou religiosos. Não existe um profeta fundador a quem todos devam seguir. Os anarquistas respeitam seus mestres, mas não os reverenciam, e o que distingue qualquer boa compilação que pretenda representar o pensamento anarquista é a liberdade doutrinária com que os autores desenvolveram idéias próprias de forma original e desinibida.”

Anarquismo não é doutrina, não é religião, portanto não reverencia nenhuma espécie de livros ou obras culturais, nem linhas metodológicas rígidas, o que o definiria infantilmente enquanto ciência constituída. As obras concernentes ao anarquismo são, no máximo, fontes de experiências delimitadas histórica e conjunturalmente, passíveis de infinitas adaptações e interpretações pessoais.

Em síntese, o anarquismo é convencionado entre os libertários como sendo a emergência de um sentimento puro, sob o qual cada adepto deve desenvolver dentro de si mesmo o seu próprio instrumental intelectual para legitimá-lo e, mais do que isso, potencializá-lo abstracional e concretamente

Fonte: wikipédia, verbete sobre anarquia. Uma de minhas origens
Eu sempre citei isso, mas não sabia que tinha nome

sábado, 15 de novembro de 2008

Festival de quê?

Festival de Jazz gratuito pra mim soa amostra gratis de caviar e champagne em supermercado popular. Não sou um entusiasta do Jazz em geral, mas gosto de música, então fui espiar.

Visualizem
* um pianista "exageradamente virtuoso" no palco. Chegou até a pedir silêncio pra platéia.
* a 20 metros do palco, não encontrei um que tivesse prestando atenção na música , muita gente de costas pro palco.
*Chutaria 70% do povo que tava lá não sabia o que era jazz e uma porcentagem um pouco menor do que essa não estava preocupado em descobrir. Ou seja, o menos importante no festival de Jazz, era o próprio jazz.
*Agora pasmén, numa sondagem que fiz, a maioria me comentou que foi porque tinha gente interessante. A imagem de gente que vai pra jazz é de gente culta.

Agora vamos juntar tudo

Um pianista que toca "demais", insatisfeito com o público. Toca para um grupo de pessoas desinteressadas em geral , que não conhecem jazz, mas estão ali por pessoas que também são do mesmo perfil, mas posam de conhecedores, pois estão lá.
Mas o festival era do que mesmo?

Ps: Para não ficar muito xiita, este tipo de festival vale a pena pelos 30% restantes que gostam de música, ou Jazz e vão não só pra paquerar, mas pra ouvir o que os infelizes tocam em cima do palco.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

joguete

tudo dito

nada feito

fito e deito

Leminski

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Desprendimento

Caú era um tio/padrinho diabético, andava com dificuldade, enxergava mal e já tinha uma idade avançada. Uma vez ele comentou comigo:

"Leão, não sei se você repara nos meus aniversários. Há anos todos vem pra festa que a gente organiza aqui e me cumprimentam como se fosse a última vez. Aí no outro ano, tou eu aqui de novo, e eles me abraçam do mesmo jeito? Eu não deixo por menos, digo a todos 'espero você ano que vem' "

Admiro. É um nível de desprendimento e de paixão pela vida muito grande que eu considero


Tio Caú pra mim é um anarquista que não se encontrou, ou que não quis se exibir para os demasiados humanos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Ir e vir

Quebrar paradígimas, sócio-culturais por exemplo, é algo difícil.
Manter o equilíbrio após esta ruptura, não ser "xiita do outro lado", é mais difícil ainda

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Perigo de represálias

Minorias não sabem brincar