sábado, 16 de julho de 2011

Câmbio

De um programa de viagens (Top 5 - fim de semana) da Discovery: Dublou o apresentador americano mas não o artesão brasileiro que estava sendo visitado em seu ateliê. Era o Artesão famoso da região:

- Wow. Quantas coisas bonitas você faz. Esta daqui, quanto custa?
- Essa é 50 Reais, em dollar eu...
- Você acha que 120 dólares paga?
- Bem (coçou a cabeça e pensou). Acho que sim..


E assim seguimos com o PIB crescendo

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Outro dia eu escrevi sobre a banalização do aplauso , que em aglomerações, o povo bate palmas por qualquer coisa, desde que seja induzido a isto.

Lembrei quando a introdução deste vídeo, antes de chamar o convidado. O baterista Miltinho chama Jô para fazer uma correção. Jô, pego desprevenido, tenta se sair com piadas sem graça e o povo ri. Já no final. Miltinho fala umas palavrinhas em Latim (Vox populi, vox Dei) , só pra fechar a frase que tinha dito.

O povo não entendeu, soltou um Ohhhhhhhhh e ainda aplaudiu.

Isso deixa clara uma coisa.Primeira coisa, conquiste sua plateia, seu ouvinte, o resto fica mais fácil. Com uma plateia "ganha". Jô eve todos os recursos pra sair estrategicamente pela esquerda



terça-feira, 12 de julho de 2011

Audições

Ando numa fase onde a parte musical está em alta.


Bem, talvez algo assim já tenha já tenha acontecido com você: um grande artista, que conheces relativamente bem (mas não é da sua panelinha de intocáveis) lança um álbum. Escutas a primeira, a segunda música e nenhuma delas "pega".

- Pô, acho que fulaninho errou a mão, as músicas tão meio (...)

Deleta, e vai pra outro disco.

Atualmente, com tantas opções e disponibilidade, perdeu-se um pouco o hábito de parar pra ouvir um disco e se "acostumar" com ele. Na época do início do CD, o raio de ação era basicamente os discos que você tinha, o que seus amigos poderiam emprestar e as fitas k7. Naquela época, quando eu comprava um álbum que eu não gostava tanto, eu "insistia" um pouco mais, para ver se aproveitava alguma daquelas músicas, já que era aquilo que eu tinha em mãos. Graças a isto, eu consegui não deixar escapar pelos dedos alguns clássicos que não me cativaram na primeira audição.

Que fique claro: o "acostumar" não era no sentido de tolerar, era de gostar mesmo. Às vezes, quando se tratava de uma sonoridade diferente, acontecia de ir buscar mais músicas naquele estilo e ampliava minhas opções. Hoje em dia eu tento resistir um pouco mais a ânsia de deletar e procurar outra coisa, mas reconheço que nem sempre é fácil com tanta coisa boa por aí pra ouvir.

Recentemente isso ia acontecendo comigo. Quase que o Fork in the Road, do Neil Young, escapa sorrateiramente de mim. Ouvi, não "pegou". Uma, duas, três vezes. Reconhecia a qualidade (ganhou até Grammy) , mas não tinha nenhuma música que me embalava. Até que surgiu a primeira música que eu saí cantarolando por aí, a segunda, a terceira.. Hoje, escuto este álbum e tenho a sensação que ele compôs tudo isso no banco de um conversível atravessando as estradas dos EUA com seu carro elétrico
Um rock puro e bem tocado. Percebi que sentia a falta disso assim que a ficha caiu.


terça-feira, 5 de julho de 2011

Arte às Terças : Ambroglio Lorenzetti

Tenho lido um livro que ajuda os trolhas feito eu a entender alguma coisa de arte, então espero movimentar estas terças subsequentes.

Hoje eu vou comentar dois painéis do Ambroglio Lorenzetti, um italiano que viveu pelo século XIII XIV mais ou menos. Ele se apoiava em alegorias, representações de ideias usando formas humanas, animais ou de objetos.

O primeiro se chama "alegoria de um bom governo"




Este tipo de quadro dele é totalmente simbolista. Mas achei curioso ter uma legenda que "explica" o que é cada coisa. Não dá pra ler neste tamanho pequeno, mas é mais ou menos o seguinte
No "andar de cima", dos anjos: sabedoria na esquerda, fé caridade e esperança
No meio: Justiça na esquerda: Paz, fortaleza, prudência, bem comum, Magnanimidade, Temperança, justiça

Gostei da pose da paz, é a mais largada e a mais entediada na foto. Rebelde e entediada esta paz heim.

Abaixo, é a "alegoria de um mau governo"




Os "anjinhos" de cima representam a avareza, a soberba e a vanglória. Amarrada e triste embaixo, a justiça. Aliás, Sentimentos negativos para maus governantes não faltam né?

Para a nossa ideia de arte atual, a representação tão forte e até descrita "grita" em nosso rosto, o mau governo com cara de capeta mesmo não funcionaria. Mas como alegoria, para o contexto, ficou bem interessante. Essa imagem da justiça amarrada é bastante forte.