sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Opa

Ted Kennedy, o último herdeiro político da "dinastia" Kennedy, faleceu por estes dias.
Ele era uma referência no senado americano, um político tido como clássico. Uma das evidências de sua importância está na edição comemorativa lançada logo após sua morte pela conceituada Newsweek
Mas peraí...





Edição comemorativa logo depois que o cara morreu? Comemora o que? Nem se ele fosse o "Sarney" deles...
No mínimo é questão de linguagem, mas salta aos olhos tupiniquins.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O que foi Woodstock?

Não vou fazer uma análise disso, houve textos diversos na imprensa que falaram sobre, tem no blog da Iza, mas eu vou comentar o que representa o que Woodstock me faz lembrar.

Senta que la vem história (contei pelo msn, com algumas adaptações)

"Uma vez eu fui num show e tava tentando encontrar uma mocinha por lá. Tava naquela dificuldade de falar ao telefone, não encontrava de jeito algum.
Então ela me passou uma mensagem"Tou do lado direito do palco com a camisa de Woodstock"
Pensei comigo que seria uma destas roupas hippies, com Woodstock grafado com letras chamativas. Pensei numa estampa de Jimmi Hendrix, Neil Young, do povo todo melado de lama se abraçando, entre tantas outras imagens e me danei a procurar pela mocinha. Fim de show, eu não não encontrei.
No outro dia eu falei com ela
"Onde diabos você tava? que blusa de woodstock é essa?"
Aí ela mostrou uma figura da estampa.

Antes de olhar, pense no que poderia ser.

O que tinha na estampa



***





Não era woodstock o festival, era Woodstock, o passarinho amigo do Snoopy. Desde então, quando eu ouço Woodstock, me vem em mente esta figurinha.

Coisas que marcam

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Quem cala

"Antigamente, o silêncio era dos imbecis; hoje, são os melhores que emudecem."

Nelson Rodrigues, meu velho rabujento preferido

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Eufemismo

Estilo Twitter.
Agora na Record.

"Piriguete é um termo que serve para designar pessoas assim, digamos, especiais."

Ah tá..

sábado, 15 de agosto de 2009

Culpado de tudo

Leminski falou, e eu já postei aqui

De tanto não fazer nada acabo de ser culpado de tudo

Eu não sei bem se para o contexto que eu vou escrever a palavra certa é culpado, mas vejam só como você pode ser premiado como coadjuvante dos papéis cínicos, comuns e aceitos socialmente.

Eu estava vagando pela cidade com um amigo e dei uma parada por trás de um dos meus queridos bares da cidade para dar uma sacada na banda que estava tocando e que eu gosto bastante. É uma área que sempre junta uma galera, fica perto do palco e dá pra ficar numa boa por lá, exceto por um problema que havia afastando o pessoal daquela região, a chuva.

Começou a chover leve e eu fui com meu amigo pra debaixo de uma marquise do outro lado da rua. Havia bastante espaço e eu sentei em um degrau e continuei acompanhando, agora um pouco mais distante do povo.

Eis que chega uma loira em minha direção, fica entre mim e meu amigo e começa o diálogo, super simpática:
- Oi, tem um espaçozinho pra mim aqui?
- Claro, pode ficar aí na boa.
- Eu gosto muito do som daqui.
- É bacana mesmo, eu venho com frequencia por aqui.

Seguiu mais um curto diálogo até que chega um cidadão de vermelho, prestativo:

- Olha, vamo voltar pra perto ali do palco. Parou de chover.
- Parou mesmo?
- Parou sim, olha só [estirando o braço]

Seguiu mais um curto diálogo até que o moço tascou um beijo de cinema na menina e não mais largou.

Antes da análise, acrescente que eles não estavam assim antes dela ir pra marquise.

***
Vamos aos fatos, discutidos, interpretados, analisados e concordados com a minha testemunha.
A mocinha foi pra debaixo da marquise e começou a puxar papo comigo com o intuito de provocar o cidadão que estava com ela, mas não do jeito que ela queria.

O moço não foi benevolente ao chamar ela pa perto do palco porque havia parado de chover, mas foi pra "marcar territíorio" de um marmanjo que provavelmente"não perdia tempo de dar em cima da moça que ele tava". Por isso tascou um beijão na moça

O mais bacana de tudo é que o casalzinho ficou num amor só depois disso.



[foto de uma hora depois do ocorrido]

E eu.
Passei de instrumento de ciúme, ameaça alheia e cupido, sem fazer absolutamente nada.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Proibido o "sagaz"

Curioso.
Escrevi um recado no orkut de umas 4 linhas e só ia pra caixa de spam. Não tinha nenhum site, nem palavra estranha, nem nada.

Então me deu uma luz e eu fiz um teste. Troquei UMA ÚNICA palavra. Saiu de
"Achei seu texto inteligente e sagaz" pra "inteligente e sincero" (não são sinônimos, mas quebraria o galho.)
E não é que o orkut aceitou?
Vivendo e não aprendendo

domingo, 2 de agosto de 2009

Apostas sociais

Há alguns anos em uma das minhas conversas sobre o nada com alguma das minhas eu comentei sobre como o meio influencia na gente e sobre as "mudanças de era" e fiz uma aposta para o futuro que achava bem possível de acontecer:

As relações "fortes" entre pessoas poderiam ganhar braços e se multiplicar.
Bem, ao invés de casais, iram se formar grupos, a priori pequenos, que delimitando certas regras iriam conviver entre si e ser feliz.
[percebo que é uma tarefa inglória explicar isso tudo num post aqui, provavelmente não vai ser completo. Portanto, antecipo as desculpas por tal]
Algo como um "casal" de 3, 4, 5 pessoas por exemplo.
O eixo que os ligaria seria o das semelhanças e afinidades. Seria um subproduto da dificuldade de ser monogâmico-fiel-solitário para ambos os sexos em épocas que o consumo(inclusive o sexual) e o individualismo tão em alta.

Antes que pareça, essa conjectura não se limita a uma 'suruba', 'swing' ou coisa do tipo. É uma relação dita "mais séria" entre mais de duas pessoas!

Difícil de equacionar? Sem dúvidas. Padece do mesmo mal das relações abertas que aparecem hoje em dia. Não tem regras de comportamento pré-definidas como as relações monogâmicas-cristâs, o velho "pode/não pode" <=> "deve/não deve".

O fardo desta dificuldade é pesado. Lembro de um casal que tentou abrir a relação e combinou "vamos contar um para o outro o que acontece". O mocinho pulou a cerca, contou e.. então, como agir? A relação passou uns meses abalada e resolveram fechar de novo. Lidar com um ambiente com pessoas assim, equacionar orgulhos e ciúmes é dureza, mas enfim..

Essa introdução acima foi pra indicar uma matéria que saiu na Newsweek do final de julho( link AQUI). É uma história como esta, chamado nos EUA de Polyarmory, questionando se seria a nova revolução sexual.



A do centro é Tenisa, ela encontrou Larry. Ambos vinham de relacionamentos furados. Larry apresentou a ela Scott e os dois (Tenisa e Scott) passaram a namorar também. Os três a morar na mesma casa.
Eles tem algumas regras, os rapazes não são gays e não há nenhum tipo de Ménage. Cada um tem seu quarto na casa.

Há algum tempo, Tenisa passou a namorar outro cara fora da relação, o Matt que é casado e tem um filho de 6 anos com Vera. E Vera, pasmén, conheceu e passou a namorar também o Larry.
Tudo isso consentidamente, de sair todo mundo junto no parque pra passear.
Hoje eles formam um cluster de 5 pessoas, é quase uma comunidade, hehe

Pois é, vamo ver o que o futuro nos vai dar e em quanto tempo isso vai virar capa da veja/época/isto é